REFLEXÃO SOBRE A GREVE

Durante a assembleia de ontem (13/04/2010) realizada no colégio Marconi, a categoria decidiu por fim ao movimento grevista. Eu ,e posso dizer que todos os educadores infantis desta cidade, estamos indignados com o reajuste apresentado: 4,11% ,dividido de duas vezes e o prefeito ainda não definiu qual será a data da primeira parcela. Estamos tristes e magoados porque vemos que os governantes só se lembram da educação, na hora da eleição. Nós trabalhamos com seres humanos, os auxiliamos no processo de ensino/aprendizagem e assim formamos cidadãos conscientes. Seres que pensam, que reinvidicam seus direitos e talvez este seja o nosso MAIOR CRIME. Os governantes não aceitam este tipo de profissional, e por isso somos tão desrespeitados.

Eu saio desta greve de cabeça erguida porque lutei por meus direitos. Defendi a minha dignidade. Participei dos atos públicos, panfletei pela cidade( porque nos meios de comunicação, tentaram calar a nossa VOZ) expondo a nossa realidade à população. Tive ao meu lado companheiros valiosos que não esqueceram que estar dentro de uma sala de aula é uma tarefa muito árdua. Sabemos que somos exemplos para os nossos alunos e portanto as ruas foram a nossa sala de aula nestes últimos 17 dias de greve. Agradeço a todas as famílias, alunos e pessoas que manifestaram apoio ao nosso movimento.

LUCIENE RUBIM

GREVE

Nós educadores infantis da rede municipal de Belo Horizonte-MG estamos em greve desde o dia 19 de março de 2010. Nas propagandas são exaltadas todas as nossas qualidades, mas na prática não somos sequer recebidos pelos governantes ou orgãos competentes. Eu lhes pergunto? Um governo que sequer abre as portas da prefeitura para dialogar com os profissionais de educação merece credibilidade? Nós enfrentamos tantos obstáculos em nossas vidas profissionais: violência por parte dos pais, alunos, e de outros elementos da comunidade, assédio moral por parte das regionais, número excessivo de crianças por turmas. No caso da educação infantil temos o seguinte :
7 bebês a partir de 04 meses a 11meses;
12 crianças de 1 ano;
16 crianças de 2 anos;
20 crianças de 3 e 4 anos;
25 crianças de 5 anos;
SENDO A RESPECTIVA DIVISÃO DE UM EDUCADOR POR FAIXA ETÁRIA. SOMEM NESTES NÚMEROS, DE ACORDO COM A DEMANDA, ATÉ DUAS CRIANÇAS COM NECESSIDADES EPECIAIS, E PASMEM VOCÊS, NÓS NÃO CONTAMOS COM O AUXÍLIO DE NENHUM PROFISSIONAL DA ÁREA DE FONOAUDIOLOGIA, PSIQUIATRIA, PSICOLOGIA, FISIOTERAPIA OU TERAPIA OCUPACIONAL. MUITO MENOS TREINAMENTO E NEM OS ESTAGIÁRIOS( OUTRO SER EM EXTINÇÃO DENTRO DAS UMEIS).
Bom, queremos valorização profissional e acima de tudo condições dignas de trabalho. Estamos adoecendo com frequência porque temos uma jornada dupla e até mesmo tripla e ainda levamos serviço para casa. Ainda dizem por aí que vida de professor é fácil....
O que mais escutamos dos pais nesses dias de greve foi: "Nossa, eu não sei como vocês aguentam trabalhar com tantas crianças. Eu não aguento o meu(a) filho(a), eu quase fico louca(o). " E NÓS COM VINTE OU MAIS CRIANÇAS, COMO FICAMOS"? "risos"
Não trabalhamos em CRECHES, ao contrário do que muitos pensam, os trabalhos desenvolvidos nas Umeis são sérios e temos todo respaldo pedagógico. E é por isso que lutamos por uma educação pública de qualidade para OS SEUS e para os nossos filhos.
Estamos indignados: Educação com descaso não casa com sociedade moderna.
Só um lembrete: antes de acreditarem nas informações que são vinculadas nos meios de comunicação, procurem se informar da real situação em que se encontram os profissionais e a própria escola na qual o seu filho ou parente está matriculado. Podem acabar se surpreendendo.

Luciene Rubim

Banda santarem

Quanta alegria, quanta animação , quanta musicali-

dade nos nossos corações!!! Isto se deve à competência da Banda Santarem composta por quatro talentosos músicos: JUVENAL ( fundador ), Laerte, Pedrinho e Fernando. Há mais ou menos 42 anos, encantam a todos por onde passam. Não tem quem resista a ficar parado diante das marchinhas de Carnaval, MPB, Axé, etc. tão bem entoadas por estes valorosos senhores. Eles já perderam a conta de quantas vezes acompanharam o sind-rede/BH nas históricas greves, da cidade de Belo Horizonte. Como disse o senhor Juvenal:" É uma pena que os prefeitos não saibam reconhecer o quanto os professores são valorosos na formação das crianças e dos jovens desta cidade. Vocês não mereciam passar por tanto descaso".

Nossos mais sinceros agradecimentos a Banda Santarem, por acompanhar a greve dos professores municipais da cidade de Belo Horizonte desde o dia 19 de março de 2010.

Luciene Rubim

Obs: Se quiserem contratar a Banda Santarem eis os telefones para contato:

(31) 3474-4480 - 9945-0814 - 8603-0365